Esculpi seu corpo
bebi do cálice da vida,
tua face é minha face
Eternizei imagem, perfeição.
Sigo caminhos incertos
embriagado em fantasias alucinantes,
em pedra-sabão talhei suas formas
Apreensivo de tanta saudade.
Trago alegrias insólitas,
segundo à segundo eu vivo
Tua dor é minha dor
vivo segundo tuas normas.
Criei detalhes, te fiz na memória,
te refiz nos momentos de nostalgia
sofrendo a dor da ingrata
solidão.
(originalmente escrito em 23/09/1993)