quarta-feira, 1 de agosto de 2018

RAREFEITO

by Luís Bittencourt

Como eu posso deixar de te responder
se meus sonhos se inundam com você, se fecho os olhos e só vejo um único sorriso,
de um primeiro momento inesquecível.

Como eu posso deixar de descrever nossas emoções
em perfeita sincronia de corpo e alma, se meus dias perderam o sentido e minha cabeça o juízo, daquilo que deveria permanecer no infinito.

Como eu posso segurar o ar nos pulmões
se rarefeito pela ausência, faltando na retina o registro iluminado de seu olhar
seguindo na lentidão de passos que não querem se ausentar.

Como eu posso deixar passar todo sentimento transmitido pelo mais belo dos poemas,
se a alegria preenche todos os espaços, completa, inclui, transformando minha vida
se antes rarefeito agora preciso e sem espaços para outros temas.

Como não ser rarefeito nos sentidos, imperfeito, talvez até malfeito,
se a vida não passa de uma breve fração do universo e no pouco que temos talvez não tenha dito o suficiente para compensar o tempo que não tivemos.

Como  posso deixar de dizer repetidamente EU TE AMO se amanheceu novamente
trazendo na alegria dos pensamentos a certeza de que você vale a pena.







Nenhum comentário:

Postar um comentário